As estatísticas da desigualdade de gênero no mercado de trabalho

Conforme estudo do Fórum Econômico Mundial divulgado quinta-feira (2), o Brasil despencou 11 posições, comparação com o ano passado, no ranking da desigualdade de gênero, ficando em 90º. Em relação à primeira edição da pesquisa, em 2006, a queda foi de 23 posições.

As mulheres representam 43,8% da força total de trabalho no Brasil. Entretanto, apenas 37% ocupam cargos de chefia. E quanto mais importante o cargo, mesmo mulheres os ocupam: 10% no topo dos comitês executivos das grandes empresas.

E, além de a porta ser mais estreita, “na média, a mulher ganha 76% do salário dos homens. Nos cargos de gerência e direção, essa proporção vai para 68%. Quanto mais alto o cargo e a escolaridade, maior a desigualdade de gênero. As estatísticas mostram, no entanto, que, na média da população, a escolaridade feminina é maior. A mulher tem oito anos de estudo, e o homem, 7,6 anos.”

Por que o Brasil despenca em desigualdade de gênero justamente quando a economia tenta reagir?

Economistas acreditam que a baixa representatividade das mulheres nas esferas públicas reflete diretamente em toda a economia. Este setor deveria ser o exemplo a ser seguido, mas veja o que acontece:

  • Apenas 21,7% dos cargos comissionados na administração pública – com salários acima de 15mil reais – são ocupados por mulheres;
  • A parcela de prefeitas eleitas diminuiu em 2016 frente a 2012, que foi de 11,84%;
  • No Supremo só há duas mulheres entre os 11 ministros (18,2%);
  • No STJ, são seis mulheres para 27 homens (18,2%);
  • No senado apenas 16% são mulheres;
  • Na Câmara dos Deputados são 9,9%.

A quem pertence o problema?

Sabemos que esta causa é antiga e que seus primeiros movimentos promoveram grandes conquistas. Mas sabemos, também, que estamos muito longe do ideal.

Segundo estimativa do Fórum Econômico Mundial seriam necessários 217 anos para alcançarmos a igualdade de gênero no mercado de trabalho neste planeta.

Com base nessas informações podemos concluir que a falta de políticas públicas e a falta de exemplo dos nossos governantes são fatos que, além de não ajudar, estão nos empurrando para trás.

Uma causa de todos

O relatório indica que se a lacuna de gênero na área econômica em todo o mundo fosse reduzida a 25% até 2025, haveria um acréscimo de US$ 5,3 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) global.

Isso mostra essas desigualdades são uma ferida que precisa ser tratada por todos em todo o mundo e, não somente na economia.

Contribuição do Coaching

Sem dúvida, cabe aos governantes tomar medidas que incentivem a maior participação das mulheres no mercado de trabalho (esferas públicas e privadas) em condições mais justas.

Já às próprias mulheres, cabe tomar consciência das suas próprias capacidades e habilidades, desenvolver liderança e traçar seus projetos, planos e metas para empoderarem-se para assumir as posições que merecem.

O coaching oferece ferramentas adequadas para isso e também trabalha com as equipes das empresas visando adaptar o cenário para a situação mais próxima possível de uma situação ideal e justa.

Fontes:

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/11/03/desigualdade-entre-homens-e-mulheres-aumenta-brasil-cai-11-posicoes-em-ranking/

https://oglobo.globo.com/economia/mulheres-estao-em-apenas-37-dos-cargos-de-chefia-nas-empresas-21013908#ixzz4xN7jCllZ