Viver o presente e estar atento às oportunidades do momento é necessário mesmo quando o cotidiano nos desafia
Temos uma tendência nata a alimentar sentimentos que nos enganam. Ou voltamos para o passado, para memórias boas e ruins, ou prospectamos um futuro, com situações que ainda não aconteceram e podem nem ocorrer. Isso acontece até inconscientemente e em momentos de crise tende a se intensificar.
Para fugir dos desafios do cotidiano, olhamos para o passado com um véu de romantismo. As boas lembranças ficam melhores ainda e até as ruins parecem menos piores nas recordações. O mesmo acontece quando sonhamos com o futuro. No momento, ainda sob os efeitos da pandemia, não vemos a hora de isso tudo passar.
Então começamos a fazer promessas “quando isso passar eu vou”. E preenchemos com prospecções simples a imaginárias. Vou viajar mais; vou encontrar meus amigos; vou abraçar mais; vou fazer aquele curso que sempre quis; vou comprar; vou vender; vou mudar.
Por que lembrar do passado ou planejar o futuro sempre parece mais interessante do que viver o momento? Cada um vai ter uma resposta diferente, mas se bem observado, encarar o presente e a obrigações cotidianas não é assim tão fácil. A ansiedade da crise sanitária e econômica pode estar te afetando mais do que você próprio gostaria (e isso é mais do que normal, pois a rotina de todo o mundo foi completamente alterada).
O passado é uma roupa que não serve mais
Isso dificulta encarar o passado como uma lembrança e um aprendizado saudável e seguir em frente. Sem cair na armadilha de ficar preso em situações vividas que podem nunca mais se repetir. E de fato, mesmo que se repitam, nunca serão iguais. “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio”, dizia o pensador Heráclito explicando que as águas já não serão as mesmas e o próprio ser humano também não.
Nós aprendemos com as experiências, mas não podemos repeti-las e nos encerrar nelas. O passado é, sim, uma roupa que não serve mais. É no aqui e agora que podemos agir para termos um futuro mais parecido com o que sonhamos. No presente, planejamos, agimos, nos “presenteamos” com ações que vão nos determinar.
E este é o momento para agir. Sua rotina foi forçada a mudar. Você pode ter mais ou menos afazeres agora, mas certamente tudo está diferente de antes. E quando a vida muda o curso sem a nossa permissão, está na hora de nos centramos e tomarmos as rédeas novamente. Aproveite para se perguntar: O que eu vivi que não quero repetir? O que eu aprendi que posso aplicar novamente? Onde quero estar em alguns meses, um ano, cinco anos? E o que o que posso fazer agora para conquistar meus objetivos?
Coloque as respostas no papel. Leia todos os dias e diariamente determine o passo que está tomando hoje para alcançar seus objetivos no futuro. Acredite, só depende de você. E você pode.
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