O coaching como caminho para fortalecimento de lideranças e empoderamento feminino
O Relatório de Perspectivas Sociais e Emprego de 2018, realizado pela Organização Internacional do Trabalho, revela que a participação das mulheres no mercado ainda é 30% menor do que a dos homens. Segundo o IBGE, a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil voltou a aumentar após 23 anos. Agravando a desigualdade, apenas 37% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. E, quanto mais importante o cargo, menos mulheres os ocupam: somente 10% no topo dos comitês executivos das grandes empresas. Como se não bastasse, além de a porta ser mais estreita, quanto mais alto o cargo, maior a desigualdade de gênero. As estatísticas mostram, no entanto, que, na média da população, a escolaridade feminina é maior: elas têm oito anos de estudo, enquanto eles, 7,6 anos. Permita-me adicionar ainda mais um dado nesta avalanche nada otimista para as mulheres: segundo o Fórum Econômico Mundial (FEM), o mundo precisará de mais 200 anos para resolver os problemas de desigualdade de gênero no trabalho. Parece um filme de terror para quem, assim como eu, é mulher! Mas, então, o que podemos fazer para mudar isso, além de esperar 200 anos?
Parece complexo, mas a resposta para nosso papel pessoal neste processo é simples e está no autoconhecimento de cada mulher. Felizmente existem projetos de lei sendo votados que visam contornar o problema. São medidas que visam incluir mais mulheres no mercado de trabalho e preveem multas para empresas que pagarem salários inferiores para elas em relação aos salários de homens no mesmo cargo, nível de experiência e formação.
Pesquisas indicam que se a lacuna de gênero na área econômica em todo o mundo fosse reduzida a 25% até 2025, haveria um acréscimo de US$ 5,3 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) global. Isso mostra que essas desigualdades são uma ferida que precisa ser tratada por todos em todo o mundo para que todos sejam beneficiados.
Muitos já entenderam que, com maior equidade de gênero, os homens também se beneficiarão, pois estamos abrindo portas para os homens em espaços de trabalho tradicionalmente ocupados por mulheres. Hoje temos muitos homens como grandes chefes de cozinha, enfermeiros, decoradores, esteticistas, costureiros, estilistas. Talento e habilidade não estão atrelados ao gênero e é preciso que quebremos os preconceitos neste sentido.
Não é raro vermos, frequentemente, muitas mulheres criticando o feminismo e as próprias mulheres que lutaram, através da história, pelos direitos das mulheres. Fomos criadas em uma sociedade machista e acostumamos, desde crianças, a ver o pai como chefe da família, quase sempre liderando uma mãe submissa que era impedida de trabalhar fora de casa ou que, mesmo trabalhando fora de casa, ainda tinha que dar conta sozinha de todas as tarefas do lar. Esse modelo vindo da infância torna-se um padrão que fica no subconsciente e nos sabota, quebrando a autoconfiança, a autoestima, minando nosso poder de decisão em todos os setores da vida, aguardando que alguém nos diga o que fazer.
A boa notícia é que o coaching nos ajuda, por meio do autoconhecimento, a descobrir nossos pontos fortes e fracos, a confiar em nós mesmas, a descobrir nosso propósito de vida e desenvolver nossas potencialidades e capacidade de liderança. E, quando falamos em liderança, não focamos apenas na liderança de equipes, mas, na liderança de nós mesmas, das nossas vidas, de sabermos o que queremos e como chegar lá. Faz parte deste processo, além do autoconhecimento, o saber dizer “não” para o que não nos faz bem ou vai além dos nossos limites e o saber dizer sim para o que nos dá prazer ou engrandece.
Nosso objetivo é empoderar as mulheres para que possam exercer todo o seu potencial de mudar o mundo para melhor.
Empodere seu Eu e descubra seu Propósito – assista a palestra!
Palestra da master coach Mônica Moraes Vialle no dia 19 de março de 2019, no Legado SocialWorking participando da série de eventos que visavam fomentar a participação das mulheres em organizações de impacto social.
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